Nos tornamos parecidos com o que adoramos

Mar 6, 2022    Anderson Endlich

“Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam” Salmos 115.8

RESUMO
O princípio de tornarmos semelhantes a quem adoramos é uma realidade espiritual inegável e o
meio pelo qual Deus escolheu cumprir esse propósito de nos tornar semelhantes a Seu Filho, é a
oração. O Espírito Santo está trabalhando em nós para que a cada dia nos transformemos a imagem
de Cristo, com Seu caráter e Seu poder, então devemos abraçar de todo o coração esse processo e a
partir do lugar de oração contemplarmos o majestoso Filho de Deus e sermos afetados por Sua
Glória.

Três pontos sobre a oração que transformam a nossa vida:
1. Deus quer nos transformar à imagem do Seu Filho e Ele o faz através da oração,
porque nos tornamos semelhantes a quem adoramos e a quem confiamos.
Em Salmos 115.8 a lição que o salmista nos apresenta é uma realidade espiritual poderosa
que se chama: Transformação através da oração. Sim, a oração é chave para que o Espírito
Santo possa cumprir o Seu glorioso trabalho em nossas vidas, nos tornando semelhantes a
Jesus (Romanos 8.29). Não existe escola teológica, seminário ou curso que possamos fazer
para nos tornar parecidos com Ele. Isto se dá através do relacionamento com Jesus, de orar e
contemplar Seus atributos por longos períodos.

Nos tornaremos semelhantes a Jesus proporcionalmente à nossa vida confiante de oração.

2. Para nos tornarmos semelhantes a Jesus, precisamos confiar Nele. Ao dizer sim
para este convite, nos tornamos intencionais em cultivar uma vida de oração e em
colocar o Senhor diante de nossos olhos. “O Senhor, tenho-o sempre à minha presença;
estando ele à minha direita, não serei abalado.” Salmos 16.8.

Precisamos posicionar o Senhor diante dos nossos com frequência. É um privilégio poder se
assentar diante de Deus e olhar para seus atributos, suas características, tudo relacionado a
Ele é magnífico e de uma preciosidade incomparável. É poder observar o Deus que sempre
existiu e se revelou a nós na pessoa de Jesus, O Messias, que se tornou carne, viveu de
forma perfeita, morreu no meu lugar, ressuscitou, está a direita do Pai e que em breve virá.
Ah, quão precioso e transformador isso é! Se colocamos o Senhor diante de nós, não somos
abalados, pois sabemos em quem está a nossa confiança. Se queremos ter uma fé inabalável,
se queremos uma vida com Deus que supera nossos altos e baixos, precisamos ter os nossos
olhos fixos no autor e consumador da nossa fé.

3. Ao colocar o Senhor diante de nós, experimentamos benefícios, como estabilidade,
plenitude de alegria e delícias para sempre.
“Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua
destra, delícias perpetuamente.” Salmos 16.11

Deus deseja nos dar uma perspectiva centrada Nele. Ele deseja compartilhar Seu coração
cheio de amor e alegria com Seus filhos, assim, todos aqueles que se aproximarem de Sua
presença irão encontrar a fonte dos prazeres superiores. A realidade dos prazeres superiores
não envolve a negação dos outros prazeres como se eles fossem irreais, mas, é a
compreensão de que os prazeres fora de Deus, quer sejam lícitos ou ilícitos, nunca poderão
nos satisfazer. Esta realidade exige uma compreensão consciente de que em Cristo existem
prazeres que nada, nem ninguém neste era podem proporcionar.

Quando somos mais realizados em Deus do que em outras coisas, desfrutamos dos prazeres
superiores.

REFLEXÃO

1. A oração do Pai nosso carrega conceitos essenciais para uma vida de oração eficaz. Releia
Mateus 6 e Lucas 11 identificando essas chaves.

2. Existe prazer na sua oração ou ela funciona como uma obrigação religiosa? Entender quem é,
onde e com quem está enquanto ora faz toda diferença. Separe um tempo para redescobrir estas
coisas e ser novamente impactado em seus momentos com Deus.